Hugh Howey - Silo
Em um universo pós-apocalÃptico onde a superfÃcie do planeta transformou-se em um ambiente inabitável, desértico e tóxico por causas não explicadas os sobreviventes da humanidade vivem em uma espécie de bunker gigantesco (ou silo* segundo o livro) por vários séculos. Neste último refúgio da humanidade tudo é reciclado: água, dejetos, materiais e até os mortos que viram adubo para plantar os alimentos que as futuras gerações consumirão. Neste mundo limitado em todos os sentidos surge uma mulher que transformará a ordem do Silo e muitas verdades ocultas serão reveladas pouco a pouco.
Apesar de ter um desfecho muito 'alá Hollywood' o livro é interessante pois levanta questões bem atuais como: até onde as pessoas podem saber determinadas informações para sua própria segurança? Como viver em um mundo onde tudo deve ser reaproveitado, reciclado, até mesmos os cadáveres (questão ambiental)? Quem sabe o que realmente os sistemas tecnológicos fazem? Por que existem classes sociais e o que as mantém coesas e pacÃficas? A história pode ser manipulada ou guiada?
O estilo da narrativa e a estrutura do romance lembram 'Dan Brown', ou seja, capÃtulos curtos com bastante ação que faz o leitor não conseguir parar. História recheada de teorias da conspiração e lutas de classe agradará à queles que gostam de ficção cientÃfica, teorias conspiratórias e heroÃnas com personalidade forte. Apenas não espere revelações filosóficas ou discussões metafÃsicas.
Uma curiosidade sobre o autor, Hugh Howey, é que este trabalhava em uma livraria e escreveu Silo nas horas vaga. Lançou-o na Amazon como produtor independente e o livro foi sucesso de público! Acabou ganhando as livrarias fÃsicas, inclusive no Brasil.
*tipo de 'galpão' vertical utilizado para estocar grãos a fim de conservá-los para uso futuro.