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Caiu na rede é social

Se você entrou em uma das milhares de Redes Sociais, seja por causa do trabalho, seja pelas amizades ou outro motivo qualquer, é bom tomar certos cuidados. Postar em uma Rede Social vai muito além daquela conversa informal que fica entre amigos.

É de nossa natureza procurar criar laços, conhecer pessoas, formar comunidades de interesse comum (ou não),se comunicar, falar de si (e dos outros), seja através de livros, festas, cursos, desenhos em cavernas e não poderia ser diferente no caso de uma das maiores invenções da humanidade: a Internet.

No começo a Internet era uma coisa de nerds!

E era mesmo pois seu desenvolvimento foi pensado para troca de informações acadêmicas e outros usos do tipo. Aos poucos as coisas foram mudando; chegaram as interfaces mais amigáveis, as pessoas começaram a se conectar, usar e-mails, criar pequenas páginas simples falando de assuntos os mais variados, depois partiram para as compras, a conversar através de tecnologias trazidas nos saudosos ICQ e IRC e em pouco tempo os blogs invadiram a rede!

Nesta onda de conexão em massa surgem as Redes Sociais, que nada mais são que lugares onde as pessoas podem se “ligar” com outras de maneira a trocar todo tipo de informação, do comentário da notícia da semana até as suas visitas ao privativo, do último escândalo de corrupção do governo até o último escândalo da famosa pseudo-virgem. E, como toda novidade, é somente com o tempo que descobrimos como utilizá-la e também que cada um tem seu modo de fazê-lo. Já há até quem imagine que rede social é uma “invenção da Internet” e não algo que nossos ancestrais já cultivavam a milhares de anos. Uma rede social, a grosso modo, nada mais é do que as relações entre as pessoas, seja pela Internet, seja por carta ou na conversa na rua. Para saber mais sobre este assunto ligado a sociologia veja a referência 2).

O Universo e as oportunidades são Grandes

Acredito não ser nem necessário citar a grandiosidade que as Redes Sociais atingiram pois os leitores já devem mais do que saber disto. As grandes mobilizações populares organizadas na Inglaterra, Egito, Síria, Irâ e até no Brasil são exemplos mais que suficientes.

O que alguns podem não saber é que existem pessoas ganhando dinheiro para falar a seus “amigos” do twitter, facebook ou outra rede qualquer, que “usa o produto X diariamente em sua casa” (e estas pessoas estão influenciando muitas tendências e escolhas de outros) , pessoas conseguindo empregos ou sendo processadas por seus posts. Tem até profissão voltada para este novo mundo. “Analista de redes sociais” é um dos muitos cargos que podemos ver nos classificados online da vida e as agências de publicidade cada vez mais contratam os serviços destes profissionais.

Escrever algo sobre aquele filme, bebida ou restaurante e postar em sua Rede Social favorita virou algo tão importante (ou até mais em alguns casos) do que estar no topo das buscas do Google. Talvez porque damos mais importância para algo que o nosso amigo nos recomendou do que para a recomendação de uma “máquina fria e calculista”.

A tênue separação entre o público e o privado.

“No futuro toda a gente será famosa durante quinze minutos.”

A frase de Andy Warhol, artista americano da década de 60, está mais que provada. Um exercício de “futurologia” que deu certo.

Porém a “fama” traz consigo o problema da separação do que é público e do que é privado. Ao postar em uma Rede Social, caso as devidas cautelas não forem tomadas, não é o equivalente a uma conversa na mesa de bar ou uma reunião da turma de faculdade. É algo mais parecido com “andar pelado na Paulista com um cartaz ‘Curtiu? Então compartilhe com os outros’!”

Tudo que você posta nas Redes Sociais tem um imenso poder de propagação, milhares ou milhões de pessoas podem ver o que você fez naquele vídeo caseiro ou o comentário xingando o chefe (principalmente se você é uma pessoa influente na rede). Desta forma, as coisas começam a tomar proporções muito maiores do que imaginamos quando, solitários, naquela noite de sábado sozinhos, postamos que “odeio meu namorado pois acho ele saiu com minha melhor amiga fulana”.

O fato é que, segundo pesquisas recentes, nos Estados Unidos, a cada 5 processos de divórcio atividades no facebook são citadas em 81% dos casos, quase 10% das empresas americanas já demitiram funcionários por causa de atividades nas Redes Sociais e que uma grande parte das empresas, inclusive no Brasil, consultam as Redes Sociais para investigar o que os candidatos a vagas andam “dizendo por ai”.

A revista INFO de Julho de 2011 traz três casos interessantes sobre redes sociais e problemas no mundo dito offline. Um DJ brasileiro que foi deportado e um jornalista que supõe ter perdido sua vaga de emprego ambos por posts no Twitter e uma Empresária que separou-se do marido após encontrar um perfil suspeito no Orkut.

Alguns podem achar isto uma invasão de privacidade, outros exagero, porém se você posta algo publicamente, algo que todos podem ver, fica difícil argumentar que houve algum tipo de violação, isto porque uma boa parte das pessoas deve achar que postar algo é tão inofensivo quanto aquela “boa fofoquinha” que não vai sair do círculo de conhecidos e se sair não terá muito como provarem que foi você quem disse. Com seus posts no Twitter, Facebook, Google Plus, LinkedIn e Videos no YouTube é como o famoso “direito romano”: vale o que está escrito e o que foi escrito realmente não tem como voltar atrás. Mesmo que você apague aquele post meio “forte” não sabemos ao certo se ele foi apagado de fato, seja pela forma desconhecida com que as redes sociais lidam com os dados de seus usuários, seja pela velocidade do sistema em “apagar” ou mesmo pela velocidade das pessoas que o “seguem” e já podem ter espalhado para Deus e o mundo (não necessariamente nesta ordem).

Manter o bom senso é sempre uma boa escolha

Será que as pessoas estão mesmo interessadas em saber o que estamos fazendo no banheiro, porque estamos tomando um copo d´água, qual a cor da meia que acabamos de comprar, qual a refeição de hoje (e com fotos), que estamos na fila do Super Mercado etc? Será que meus amigos sociais querem mesmo me ajudar a colher algum legume digital em alguma fazenda virtual chata? Hora de repensar na relevância do que falamos ou fazemos no mundo virtual compartilhado!

A forma com que tratei o assunto até agora dá a impressão de que as coisas são terríveis, não é?! Mas minha intenção não é apavorar os leitores de forma a que nunca mais postem nada com medo de processos ou seja lá o que for. Meu objetivo neste texto é tentar fazer com que as pessoas consigam “enxergar” a verdadeira dimensão que as envolvem e ajudá-las a ter parcimônia na hora de compartilhar o que pensam.

O lado bom da história é que as Redes Sociais não trazem apenas coisas ruins, ao contrário, se forem usada com inteligencia e bom senso podem nos trazer inúmeros benefícios como já falei no começo do texto; como um bom emprego, novas amizades, um amor há muito tempo esperado, novos interesses, informações úteis, discussão de assuntos relevantes e que elevem nosso nível cultural e porque não uma piadinha saudável de vez em quando?

Dicas para você pensar e repensar quando postar algo novamente:

Para o deleite dos leitores compartilho uma matéria em vídeo bem legal sobre como seria o equivalente “ao vivo” de uma vida no Facebook.

http://estilo.uol.com.br/videos/assistir.htm?video=reporter-aplica-nas-ruas-o-estilo-facebook-de-curtir-a-vida-0402CC9A3268C4C91326

Como conclusão acho que fica clara a importância de ter cuidado com suas atividades na Internet, sejam em Redes Sociais, em Blogs ou em qualquer outro sitio pois, afinal, quem clica no botão “Compartilhar” é você, não a máquina por trás dele.



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